Com a aquisição das subsidiárias da Chevron no campo de Frade, a PetroRio ampliará em mais de 60% sua produção no Brasil, chegando a quase 30 mil boed. No ranking das concessionárias, a empresa deve pular para a sétima posição, ficando atrás da Petrobras e grandes multinacionais como a Shell, Petrogal, Repsol e Equinor Energy e Equinor Brasil, do grupo norueguês Equinor.

Hoje, a produção da PetroRio é majoritariamente oriunda do campo de Polvo (cerca de 10 mil boed). Em Frade, a o volume é de aproximadamente 4 mil boed, correspondente aos 18,26% de participação detidos no ativo pela Frade Japão, que foi adquirida pela  petroleira brasileira no ano passado.

O restante da produção atual da PetroRio (como operadora e/ou concessionária) vem do campo de Manati, onde detém participação de 10% por meio da Brasoil (3,345 mil boed).

Ao comprar a Chevron Brasil e Chevron Frade, conforme anunciado nesta quarta-feira (30/1), a PetroRio passa a deter 70% de Frade, o que lhe renderá uma produção total de 15 mil boed no campo. O acordo inclui ainda a operação de 50% do bloco CE-M715, em águas profundas da Bacia do Ceará.

Em comunicado, a PetroRio destacou que o negócio elevará as reservas 2P (provadas mais prováveis) da empresa para 83,6 milhões de boed.

Finanças

Os últimos resultados operacionais divulgados pela PetroRio mostram uma evolução em comparação com o ano anterior, com receita líquida de R$ 224,6 milhões — mais que o dobro do 3T17 — e EBITDA ajustado de R$ 107,1 milhões, o maior já registrado. Os números indicam que a empresa está com fôlego para expandir suas atividades.

Chevron

Foi no campo de Frade que a Chevron passou por seu momento mais delicado no país, em função do vazamento de 3,7 mil barris, em novembro de 2011. No ano passado a empresa já dava sinais de que o ativo já não seria mais uma prioridade, quando engavetou seu projeto de redesenvolvimento, programado para este ano e que previa a construção de seis poços no campo.

A venda de Frade para a PetroRio sinaliza o direcionamento da sua produção com foco em áreas de águas ultraprofundas na camada pré-sal. Em 2018, a empresa adquiriu áreas com grande potencial exploratório nos leilões de partilha da produção: Três Marias (4ª rodada), em que detém 30% como operadora, e Saturno (5ª rodada), com 50%, sendo a Shell a operadora.

Também no ano passado a empresa arrematou o bloco S-M-764, na Bacia de Santos, durante a 15ª rodada da ANP. Além disso, a Chevron participa com 40% em mais três blocos na Bacia de Campos (C-M-791, C-M-821 e C-M-823).

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